sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Ser Humano

Ser Humano é amar e respeitar a vida: o pássaro, a criança, o lobo, o velho, a baleia, a árvore, a poesia, o tempo, a chuva, a serpente e o sol.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Ser Selvagem


A civilização cobriu-se de panos e habita arcas de pedra, ilhas de pedra. Sonha, vive e mata para possuir o metal redondo, o papel colorido e a água negra. Tem muitas coisas, mas é mais pobre do que nunca. Não consegue sentir, porque está sempre a pensar. A civilização adoeceu quando profanou o maior dos templos: A vida.

"Sou um selvagem e não entendo de outra forma (...)
Isto sabemos - a Terra não pertence ao homem -
o homem pertence à Terra.
Isto sabemos.
Todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família.
Todas as coisas estão ligadas.
Tudo o que acontece à terra - acontecerá aos filhos da Terra.
O homem não teceu a rede da vida - ele é apenas um dos seus fios.
O que ele fizer á rede da vida, ele faz a si próprio."

Chefe Seattle


quarta-feira, 2 de julho de 2008

Ser Educado

" O sonho é aquilo que ninguém consegue proibir."

José Jorge Letria

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Ser Livre

A mulher pegou na flor e foi para a rua.
Dentro dela havia uma prisão.
Andou um pouco e encontrou-se no centro do seu suor. Sentiu uma leve vertigem.
Hesitou. Lutou contra si.
Rasgou o medo, sem pensar, e escolheu o caminho inacabado.
O seu passo tornou-se mais firme.
Deu a mão a um desconhecido e cantou.
Soltou o cabelo.
Subiu à estátua e gritou.
Chamou a paz com um tambor.
Sentou-se na cadeira e dançou.
Abraçou a árvore e choraram as duas.
Descalçou os sapatos e beijou a terra.
Deitou-se na relva e admirou a lua.
Fechou os olhos e cheirou os cravos.
E assim ficou muito tempo, em silêncio...a sentir a revolução instalar-se nas suas veias,
finalmente, acordadas.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Ser Amado


Quando a revolta já não se consegue sufocar e a crítica e o corpo se tornam dormentes e ausentes da realidade dos afectos, procuramos a primeira solução que nos ocorre.

Fechamos os olhos e estendemos os braços, gritamos bem alto que sabemos onde está o problema, mas ninguém ouve, porque aos discursos oficiais não interessa humanizar as estatísticas e as notícias.

O desamor democratizou-se. Nas grandes cidades ou nas pequenas aldeias, esta espécie de terrorismo individualizado, emerge, galopa e atira a matar.

Nos cafés, nas paragens, nas ruas, mesmo ao nosso lado, cada caso é de carne e osso e sente, cresce e morre...sózinho. Retratos de todos os dias: são crianças, jovens, adultos, velhos. Gente a sério que vive em conflito consigo e com os outros.

Pessoas que passam a vida a fugir do amor, porque não lhes ensinaram a amar.

Em oposição a isto, nos levantamos todas as manhãs e dizemos que será diferente, para que a utopia se possa aproximar.

Porque quem realmente se importa, desconfia que só são utéis as medidas que partindo da ternura, levam à criação de novas hipóteses, mediante escolhas conscientes e livres.

Contornemos então, os obstáculos que impedem os objectivos, renunciemos a uma finalidade para abraçar outra, criemos então, cada um de nós, soluções.

O importante é conhecermos. Compreendermos.

Da compreensão ao amor é um instante.



segunda-feira, 7 de abril de 2008

Ser Curioso

A todos os que conseguem enfrentar o mistério da vida e aqueles que se perderam na sua própria arrogância...Para os primeiros, a homenagem, aos segundos, o merecido murro.


" A confiança, como a arte, nunca advém de ter todas as respostas; vem de estar aberto a todas as perguntas."
Earl Stevens

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Ser Especial

Para os meus putos que trazem o céu no olhar e um choro abafado:

" Deixem passar o que há por contar
A voz da cigarra que nunca cantou
A luz do luar que nunca foi dia,
O Sol que se pôs de manhã, devagar


Era uma vez, uma grande magia
Beijava de paz, tantas dores sentidas
Brilhava, soava asa de ave contente
Voava ao sabor das horas perdidas


Voa magia e vai na miragem do amor
Magia volta e voa nas voltas sem dor
Voa magia e veste os teus sonhos de cor
Magia voa e vai na viagem do amor.


Não tinha varinha, mas tinha um condão
Da vida levar, ao cais dos segredos
Tocava a varinha na noite dos medos
E o céu acordava na palma da mão..."


Campanha do Pirilampo Mágico 2003